Sabe como calcular o potencial de lucro da sua empresa?

Um dos principais fatores que indicam o sucesso de um negócio é o lucro obtido e como ele se sustenta. São diversos fatores que precisam ser levados em consideração na hora de calcular o lucro da empresa em um período determinado, incluindo custos, tendências do mercado e boa receptividade do seu produto ou serviço.
 
Antes de chegar ao lucro real, é possível fazer uma análise do potencial de lucro da empresa, ou potencial de rendimento. Este cálculo envolve a diferença entre o lucro esperado com a venda do seu produto ou serviço e os custos totais para fornecê-lo. 

Quando um microempreendedor gasta, por exemplo, R$ 5,00 em material para pintar um quadro e R$ 5,00 no transporte para no final vendê-lo por R$ 50,00, seu potencial de lucro é de R$ 40,00 por quadro vendido. Este valor pode ser multiplicado por cada quadro que ele planeja vender em determinado período de tempo e chegará ao potencial de lucro.
 
Apesar de utilizar uma fórmula simples para calcular o potencial de lucro, é preciso lembrar que  isto é apenas uma projeção e não uma receita garantida. Não é possível antecipar com exatidão todos os fatores que podem influenciar no potencial de lucro, principalmente no início de um negócio. 
 

Identificar se a empresa está tendo lucro ou prejuízo está muito além do fluxo de caixa. Saber gerenciar o fluxo de caixa é importante, mas este item mede a situação financeira da empresa e não o lucro que o negócio gerou. Para chegar até esta informação é essencial fazer uma análise de resultados.

Apurar o resultado de uma empresa auxilia na identificação de falhas que comprometem diretamente a obtenção de lucros como desequilíbrio nos custos, preço inadequado ou um direcionamento errado do negócio. Avaliar o resultado possibilita encontrar um ponto de equilíbrio para que a empresa seja lucrativa e também possa se sustentar.
 
Para chegar a esse resultado é preciso avaliar a diferença entre tudo que foi vendido e utilizado dentro de um período de tempo determinado. Esta avaliação pode ser feita ao final de cada mês, mas também como um planejamento para os meses subsequentes.

Ao fazer uma análise de resultados deve-se levar em conta o tipo de empresa que está sendo analisada. Quando se trabalha com um negócio sazonal, por exemplo, é muito provável que a época do ano interfira no resultado final. Um exemplo disso é quando o empreendedor vende chocolates caseiros e tem picos de venda no período da Páscoa ou uma baiana de acarajé que trabalha a beira mar, tem queda nas vendas no período do inverno. Por levar em conta variáveis como estas, a avaliação de resultados deve ser realizada por um período mínimo de seis meses.
 
A apuração de resultados só funcionará se a análise dos itens que fazem parte dela seja realizada com precisão. Para isso é fundamental ter as finanças organizadas e atualizadas, além do controle de todas as despesas e faturamento. Veja como fazer o cálculo de apuração de resultados:

Quando a empresa vai bem, após descontar todos os tributos, despesas e custos, fica um capital disponível. Esse lucro pode ser reinvestido na própria empresa após um bom planejamento, de modo que qualquer decisão seja tomada com base nas reais necessidades do negócio. 

Veja abaixo alguns exemplos de como utilizar o lucro obtido:

Reinvestir uma parte do lucro da empresa na composição do capital de giro é essencial para o crescimento ou estabilização do negócio, principalmente se tratando de pequenos empreendedores. Muitas vezes, um negócio pode parecer atrativo, pois a empresa vende uma boa quantidade e tem uma margem de lucro alta, porém tem pouco capital de giro e isso pode criar um problema na hora de fechar as contas.
 
Um exemplo é quando a empreendedora vende bolsas, em média, a R$ 100,00 e gasta entre mão de obra, insumos e custos em geral, R$ 40,00. Pensando de maneira superficial, é um negócio lucrativo pois a cada bolsa vendida a empresa recebe R$ 60,00. O que é preciso levar em conta nesse processo é que a empresa vende este produto e divide em 6x sem juros para os clientes e precisa pagar o fornecedor em 7 dias e um funcionário todo mês.
 
Apenas a venda do produto não é algo sustentável. Separar uma parte dos lucros para investir em capital de giro auxilia no aumento da capacidade produtiva da empresa e evita que o empresário precise recorrer a fontes externas para obter esse capital. 

Um ambiente corporativo saudável passa também pela remuneração dos funcionários.  O salário tem um peso considerável no desempenho do colaborador e ele deve ser justo, de acordo com o trabalho a ser desempenhado. Uma forma de saber qual o valor coerente, é fazendo uma pesquisa de mercado. Investigar quanto o mercado paga e o quanto pesam os benefícios. Esta pesquisa deve ser feita com negócios do mesmo porte que o seu pois, dificilmente uma empresa de pequeno porte poderá competir com o salário pago por uma multinacional.
 
Se a empresa tem mais de um funcionário, precisa ter uma uniformidade salarial, a não ser que tenha funcionários com especializações distintas e que provavelmente ganhará mais que os outros. Além disso é bom pensar em agregar benefícios ao salário como auxílio alimentação e transporte ou se a empresa já tiver condições de arcar, pode oferecer também plano de saúde e odontológico.

Algumas empresas trabalham com um outro benefício agregado ao salário: a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Uma comissão de funcionários negocia um bônus para os trabalhadores de acordo com o lucro obtido pela empresa. O pagamento da PLR muda de acordo com as regras e acordo entre a empresa e funcionários. Algumas empresas realizam o pagamento em partes iguais independente do cargo ou salário enquanto outras fazem uma equivalência da PLR com o salário recebido.

Já a divisão do lucro entre os sócios acontece normalmente de acordo com a proporção da participação no capital social. Esta distribuição de lucro entre sócios é isenta do imposto de renda de pessoa física e contribuição previdenciária sendo que as empresas que optarem pelo simples federal também possuem o mesmo benefício.

Para definir um preço adequado ao produto ou serviço que você oferece é necessário considerar dois aspectos: o mercadológico e o financeiro.

Se ainda assim o preço ofertado pelo mercado for muito menor que o proposto pelo empresário, é preciso refazer os cálculos e avaliar a viabilidade do negócio praticado. Para equilibrar esta balança, provavelmente será preciso diminuir os custos ou aceitar um lucro líquido menor.